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Jandek atira-se ao funk. Sim, leram bem, ao funk.
· 07 Abr 2009 · 22:36 ·
Jandek é, tipo, o gajo mais fora de todo o sempre. Se sequer existir um Jandek. Se calhar é um produto da nossa imaginação colectiva. Foram anos a lançar discos de "canções", coisas estranhíssimas, aparentemente sem ponta por onde se lhe pegue. Até veio cá (Serralves, em Janeiro), numa das aparições ao vivo que começou a fazer a partir de 2004 (até lá era o eremita-mor do rock).

Ainda estamos mais ou menos a digerir essa merda. Para uma introdução decente ao homem, puxemos a brasa à nossa sardinha. Mas enquanto as nossas barbas (e, convenhamos, é preciso ter barba para ouvir Jandek, apesar de o próprio não ter, mas é mais por parecer não ser capaz de deixar crescer um único pêlo no seu corpo frágil) ainda nem recuperaram de tanto as termos coçado depois de ele ter vindo cá, o homem faz das suas outra vez.

Foi em Houston, no Texas. Apareceu num concerto com dois músicos de sessão, um baixista e um baterista. Para quem normalmente é acompanhado apenas e só por nomes fri (ou free como a malta costuma escrever), é obra. Ainda mais estranho: tocou funk com eles. Sem parar. Baixo slapado e tudo. Como se de uma jam session se tratasse. Que se segue, reggae com Sly & Robbie? Estranho, tão estranho. Ele canta "I'm drunk" e "I'm sober", põe ruído na funkalhada e parece ... divertir-se. Sim, foda-se, divertir-se. Sim, o Jandek. O povo – pudera – não parece saber muito bem como reagir – dançar Jandek? Foda-se.

Para comprovar na Prefix Mag (reparem como nem copiámos a piada que eles fizeram quanto ao futuro, merecemos alguma espécie de parabéns).

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